7 empresas brasileiras de sucesso que nasceram dentro de casa

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7 empresas brasileiras de sucesso que nasceram dentro de casa

11 de Julho de 2022

Você já deve ter visto a história de grandes empresas, como Apple, Google e Microsoft, que nasceram em garagens e hoje são algumas das companhias mais valiosas do mundo. Não, não é necessário ser nenhum Bill Gates para isso: essa realidade também pode se aplicar a pequenos negócios de sucesso. Na sala, na cozinha, no quarto ou mesmo na garagem: muitas empresas nascem no ambiente doméstico e depois crescem para seu próprio espaço.

PEGN separou sete histórias de pequenos negócios que nasceram dentro de casa, seja como renda extra ou como fonte de renda principal, para inspirar quem pretende começar a empreender, mas não tem um espaço físico próprio. Confira:

Um quarto só para produzir velas

Patrícia Massambani é dona da The Candle Store, uma loja de velas aromáticas que nasceu em 2020 e, em menos de um ano, passou a faturar R$ 60 mil por mês. Ela teve a ideia de negócio durante um intercâmbio que fez para os Estados Unidos, entre 2019 e 2020. Quando voltou para casa, resolveu empreender no ramo, com um investimento inicial de R$ 600.

Massambani começou a fazer as velas em casa, com a ajuda do namorado, Raul Garcia. Logo no primeiro mês, eles faturaram R$ 6 mil. Um dos quartos do apartamento dos dois se tornou a primeira fábrica da empresa. Além de vender pelo próprio e-commerce, eles colocaram o produto em marketplaces de empresas varejistas.


Em junho do ano passado, precisaram mudar a produção para um ponto alugado – já eram 300 velas por dia, com aromas que vão de bergamota a lavanda. Agora, a meta do casal é expandir a produção e aumentar o portfólio de produtos.

Hambúrguer na cozinha para delivery

A empreendedor Camila Guerra resolveu usar todas as suas economias, no início de 2015, para empreender com uma hamburgueria delivery na cozinha de casa em Contagem (MG). Ela investiu cerca de R$ 800 para comprar os insumos que precisaria para dar origem à American Burger.

O negócio cresceu com a ajuda da divulgação boca a boca, além das redes sociais e panfletagem nas ruas. Ela cadastrou a empresa em um aplicativo de delivery. O empreendimento deu tão certo que ela fechou o ano com faturamento mensal de R$ 75 mil.

Pouco tempo depois, inaugurou a primeira loja física também em Minas Gerais. O negócio continuou crescendo, já tem mais de 30 franquias e iniciou o processo de internacionalização.

Venda de pudim na garagem

Os irmãos Marcelo e Renato Viotti resolveram empreender após perderem o emprego, com uma receita da família: pudim. Juntos, eles abriram a Pudim Garage, em São Paulo – como o próprio nome já diz, o negócio funciona na garagem deles, desde 2018.

Como produtor de eventos, Marcelo viajou o país e percebeu que o doce é popular em todo lugar. “Encontrei receitas e sabores diferentes. Fui adaptando até chegar à textura cremosa e mais lisinha que conheci em um hotel”, relembra.

A empresa começou vendendo para restaurantes, festas e eventos. Em 2019, Renato entrou no negócio, e eles conseguiram acelerar as vendas – que cresceram ainda mais ao longo da pandemia. Durante o período, eles chegaram a bater R$ 40 mil de faturamento por mês.

Brechó chegou a receber 200 pessoas em um quarto

Julia Bottechia é dona da rede de franquias de brechós Desapegue. A ideia de negócio surgiu em 2016, quando ela trabalhava em uma grande empresa, e passou a vender algumas peças do acervo pessoal no Instagram. Algumas amigas que viram a iniciativa também pediram que ela vendesse suas roupas.

No mesmo ano ela fez um evento de desapego de itens em seu quarto – e 200 pessoas passaram pelo local. “Uma amiga arquiteta falou que aquele espaço não era legal e me aconselhou a ir para a garagem. Deixei o local bonito para atender as pessoas.”

No novo espaço, o negócio começou a tomar forma, e entendeu que tinha como fazer crescer. Em 2019, abriu a primeira loja física em Florianópolis (SC). Hoje, é dona de uma rede de franquias, com três unidades.

Produção de acessórios e reuniões na sala de casa

Quando começou a empreender com a marca de acessórios que leva seu nome, a empreendedora Tatiana Ster cuidava do negócio nas horas livres, enquanto tinha um emprego fixo. Com o tempo, ela percebeu que poderia deixar de trabalhar fora e se dedicar apenas à sua empresa, criada em 2001. “Vi que o meu negócio dava resultado e crescia rapidamente. Já tinha até amigas que estavam revendendo minhas peças.”

Ela fazia tudo em casa: desde a produção até as reuniões com as revendedoras, que levavam os produtos para cidades vizinhas e até para o exterior. Em 2006, ela resolveu abrir uma loja física em Uberlândia. Com o tempo, foi adaptando o produto e o atendimento às necessidades das clientes. No final da década passada, já passou a fechar o ano com faturamentos médios de R$ 200 mil.

Na quarentena, petiscos na cozinha

Harianne Bastos é dona de uma pizzaria em Santos, no litoral paulista. Quando o negócio foi obrigado a fechar as portas temporariamente, por conta da pandemia, ela ficou em casa e começou a empreender com petiscos.

A Um Teco de Sabor nasceu em junho de 2020, oferecendo produtos como caponata, tomate confit, antepasto de alho poró e abobrinha marinada, além de batatinhas temperadas e picles.

Ela começou a vender por WhatsApp, para criar um relacionamento com os clientes. As entregas passaram a ser feitas por motoboys, em toda a cidade. Na primeira semana, a empreendedora conta que recebeu cinco encomendas. Pouco mais de um mês depois, esse número passou de 30, com um tíquete médio de R$ 60.

Empresa de TI surgiu na sala de casa

Clemilson Correia teve a ideia de criar a Buysoft, uma empresa que facilita o acesso de pequenas empresas a softwares de grandes fabricantes, em 2010, durante uma crise financeira pessoal. Desempregado, precisou vender o próprio carro para pagar despesas domésticas. O capital para empreender veio de R$ 3 mil que ele pegou emprestado do cheque especial.

O empreendedor começou a moldar o negócio dentro da sua casa. Em quatro meses, colocou o site no ar e passou a vender os contratos de licenciamento. Nos dez anos seguintes a empresa cresceu, fechou contrato com grandes parceiros e chegou a faturar R$ 25 milhões por ano.

Fonte: Revista PEGN